Uma fantasia divertida, mas longe do hype que criaram
Comecei a leitura de “A Guerra da Papoula” com aquela expectativa que só o hype consegue gerar. Era recomendação em todo canto, gente dizendo que era a nova grande obra da fantasia moderna, comparações com Tolkien, George R. R. Martin, e por aí vai. E olha… não foi tudo isso pra mim, não.
Não é que o livro seja ruim, longe disso. É um livro legal, com uma trama interessante, um pano de fundo histórico que flerta com acontecimentos reais da China e uma protagonista cheia de conflitos internos. Mas ao mesmo tempo, achei tudo meio exagerado. Tem umas reviravoltas boas, mas nada que me fizesse pensar “nossa, que genialidade”. Fiquei o tempo todo esperando esse momento que nunca veio.
Os personagens secundários são, disparado, os melhores. Carismáticos, complexos, com dilemas que realmente me prenderam. Já os protagonistas… sinceramente? Me cansaram um pouco. Em especial a Rin. Sei que muita gente ama essa protagonista, mas achei ela meio forçada às vezes, com decisões tão impulsivas que em certos momentos parecia que ela estava mais atrapalhando do que ajudando a própria narrativa.
"Quando a guerra é mais divertida do que profunda"
Um ponto que me incomodou foi a falta de desfecho para algumas histórias. Tem personagem que simplesmente some. E tudo bem, é uma trilogia, mas me pareceu que a autora deixou alguns arcos pela metade esperando que o leitor simplesmente aceite. Espero que esses retornem nos próximos volumes, porque alguns deles foram os que mais gostei.
No geral, foi uma leitura divertida. Funcionou bem como passatempo e teve bons momentos. Mas se você está esperando a nova Bíblia da fantasia, talvez seja melhor baixar um pouco a expectativa. É um bom livro, mas está longe de ser revolucionário.
Ainda assim, fico curioso para saber como a história vai se desenrolar nos próximos livros. Se a autora conseguir trabalhar melhor o ritmo e amarrar os arcos abertos, a trilogia pode crescer bastante. Por enquanto, sigo achando que o maior poder do livro está mesmo nos personagens secundários.
Estilo: Fantasia
Nota da Leitura:
★ ★ ★ ☆ ☆
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