“Planeta dos Macacos”, de Pierre Boulle

Uma ficção científica que continua atual

Antes de começar a leitura, eu já tinha em mente a força da franquia criada a partir deste livro. O cinema tornou O Planeta dos Macacos um ícone da cultura pop, mas a obra original de Pierre Boulle é muito mais do que um simples enredo sobre animais dominando humanos. É uma fábula sobre civilização, poder e, principalmente, sobre nós mesmos.

Logo de início, a narrativa prende pelo estranhamento. Um planeta onde os papéis estão invertidos: macacos dominam e humanos são tratados como criaturas inferiores. Parece apenas um truque narrativo, mas Boulle usa essa inversão para cutucar nossa própria humanidade. A pergunta que fica é: o que realmente nos torna humanos?

Crítica disfarçada de aventura

A leitura é ágil, quase como uma aventura, mas o impacto está nas reflexões escondidas nas entrelinhas. O livro fala sobre arrogância científica, sobre sociedades que se acham superiores, sobre preconceito e sobre o perigo de normalizar desigualdades. E, sinceramente, é impossível não pensar em paralelos com o nosso mundo, mesmo tantos anos depois da publicação.

“Pierre Boulle mostra que a pior jaula não é de ferro, mas de ideias.”

Além da crítica social, o livro também é divertido. As descrições do planeta e dos costumes dos macacos são criativas, o choque cultural é envolvente e a tensão entre espécies deixa a narrativa sempre em movimento. Não é uma ficção científica técnica, é uma ficção científica feita para todo mundo — e isso é um mérito enorme.

É claro que os filmes fizeram história, mas ler o livro é uma experiência completamente diferente. Aqui não temos só o espetáculo visual, mas uma sátira inteligente, com final surpreendente e cheio de camadas. O livro é curto, mas deixa um impacto duradouro.

O Planeta dos Macacos é daqueles clássicos que se lê rápido, mas que continua ecoando muito tempo depois. Uma ficção científica que usa fantasia para falar sobre a realidade.

Estilo: Ficção Científica

Nota da Leitura:

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